sábado, 12 de janeiro de 2013

MENOR E MAIORIDADE



Quando estabelecemos um limite de idade para que, como marco, passemos a considerar o indivíduo adulto, na verdade queremos dizer que após ter vivido aquele período o sujeito terá adquirido amadurecimento, experiências e conhecimentos, capazes de possibilitar que tome decisões, assuma comportamentos e atitudes responsabilizando-se pelas conseqüências inerentes. 

Necessário se faz que este limite, decorrido um tempo, tempo este não determinado pela contagem dos anos e sim pela evolução, sejam revistos.

Ha cinqüenta anos, um jovem de dezesseis anos estaria extremamente longe de ter a vivencia, as experiências, o desenvolvimento cultural inclusive, de um jovem hoje com a mesma idade.

O nível de informação, o conteúdo escolar, a popularização da televisão, a internet, o celular e outros, fazem com que o jovem de antigamente não seja nem o espectro do adolescente de hoje.

Hoje a lei considera criança até doze anos, a partir daí é adolescente, resta definirmos até quando considerá-lo neste status.

Quanto mais permitirmos que a maioridade se mantenha na faixa etária atual, mais alimentaremos a impunidade advinda da não imputação da responsabilidade.

Não devemos admitir somente a evolução tecnológica, faz-se fundamental que a aceitemos em nossas vidas, que reconheçamos que ela acelera as coisas, que nos enche de conhecimentos, informações e novos padrões de comportamento, que impõe a nossos jovens atitudes e decisões que dantes pertenciam aos adultos.

Aos jovens do terceiro milênio é imposto um amadurecimento mais rápido e completo, em um menor espaço de tempo.

Hoje, é comum que aos quinze anos nossos jovens tenham que escolher uma profissão em nível de terceiro grau. É na verdade uma enorme responsabilidade, algo que afetará suas vidas adultas de forma contundente.

Decorrido mais um ano ela já poderá fazer valer sua vontade na escolha de seus governantes, daqueles que decidirão os destinos de seu país.

Considerado isto, não será este o momento de revermos os limites de maior e menor idade?

Os padrões da inocência, considerados nas décadas de sessenta/setenta, com clareza não poderá ser o mesmo de hoje.

Hoje, uma criança (Segundo a Legislação vigente), aos doze anos, já conhece a violência com requintes de barbaridade, já conhece a degradação moral, a exposição sexual e a corrupção, tudo presente diariamente em nossos meios de comunicação, diante disto, será conveniente a considerarmos desta forma.

O tempo passa, a evolução nos atropela, nossa consciência e visão da vida precisam acompanhar ou permitiremos uma degradação natural e continua de nossa sociedade.

Que Deus nos permita, com sua luz, a perfeita nação dos momentos de transição e a clareza para nos adaptar.

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