Quando
estabelecemos um limite de idade para que, como marco, passemos a considerar o indivíduo
adulto, na verdade queremos dizer que após ter vivido aquele período o sujeito
terá adquirido amadurecimento, experiências e conhecimentos, capazes de
possibilitar que tome decisões, assuma comportamentos e atitudes responsabilizando-se
pelas conseqüências inerentes.
Necessário
se faz que este limite, decorrido um tempo, tempo este não determinado pela
contagem dos anos e sim pela evolução, sejam revistos.
Ha
cinqüenta anos, um jovem de dezesseis anos estaria extremamente longe de ter a
vivencia, as experiências, o desenvolvimento cultural inclusive, de um jovem
hoje com a mesma idade.
O
nível de informação, o conteúdo escolar, a popularização da televisão, a internet,
o celular e outros, fazem com que o jovem de antigamente não seja nem o espectro
do adolescente de hoje.
Hoje
a lei considera criança até doze anos, a partir daí é adolescente, resta
definirmos até quando considerá-lo neste status.
Quanto
mais permitirmos que a maioridade se mantenha na faixa etária atual, mais alimentaremos
a impunidade advinda da não imputação da responsabilidade.
Não
devemos admitir somente a evolução tecnológica, faz-se fundamental que a
aceitemos em nossas vidas, que reconheçamos que ela acelera as coisas, que nos
enche de conhecimentos, informações e novos padrões de comportamento, que impõe
a nossos jovens atitudes e decisões que dantes pertenciam aos adultos.
Aos
jovens do terceiro milênio é imposto um amadurecimento mais rápido e completo,
em um menor espaço de tempo.
Hoje,
é comum que aos quinze anos nossos jovens tenham que escolher uma profissão em
nível de terceiro grau. É na verdade uma enorme responsabilidade, algo que
afetará suas vidas adultas de forma contundente.
Decorrido
mais um ano ela já poderá fazer valer sua vontade na escolha de seus
governantes, daqueles que decidirão os destinos de seu país.
Considerado
isto, não será este o momento de revermos os limites de maior e menor idade?
Os
padrões da inocência, considerados nas décadas de sessenta/setenta, com clareza
não poderá ser o mesmo de hoje.
Hoje,
uma criança (Segundo a Legislação vigente), aos doze anos, já conhece a violência
com requintes de barbaridade, já conhece a degradação moral, a exposição sexual
e a corrupção, tudo presente diariamente em nossos meios de comunicação, diante
disto, será conveniente a considerarmos desta forma.
O
tempo passa, a evolução nos atropela, nossa consciência e visão da vida
precisam acompanhar ou permitiremos uma degradação natural e continua de nossa
sociedade.
Que
Deus nos permita, com sua luz, a perfeita nação dos momentos de transição e a clareza para nos adaptar.
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