Segundo
especialmente a doutrina espírita de Allan Kardec, nosso espírito realiza
escolhas antes de uma nova encarnação e muitos acreditam que estas,
apresentadas em forma de relacionamentos, devam ser respeitadas em toda sua
essência, durante nossa vida terrena.
Existem
discordâncias inclusive quanto à existência destas escolhas. Aqui admitiremos a
existência delas e as comentaremos à luz do arbítrio que nos leva a novas
escolhas proporcionadas pelas situações que se apresentam nesta vida terrena.
Ora,
admitamos a realização de uma escolha que resultará em uma união, seja esta
qual for. Na convivência, colocado em cheque o comportamento de ambos,
verifica-se a impossibilidade da continuidade desta união.
Qual seria o certo?
Mantermos
a relação a todo custo, fazendo ambos infelizes, partindo-se da premissa que
escolhemos esta união para resgatarmos dívidas espirituais adquiridas em vidas
passadas, portanto encarando a situação como imutável, causando mal ainda aos possíveis
frutos desta união ou usarmos nosso arbítrio, nosso poder de escolha e mudando,
inclusive através da separação, salvar pelo menos parte do resgate que
conseguimos até aquele momento.
Cada pessoa que interage conosco, deixa sua marca e um ensinamento em nossas vidas. Nem sempre o percebemos de imediato, porém, nos modifica um pouco, pois sempre aprenderemos algo.
O
conhecimento e a razão nos dizem que viemos aqui para sermos felizes, para
evoluirmos material e espiritualmente, isto, aliado ao poder de escolha, nos
compromete a sempre optarmos, se não pelo melhor, pelo menos ruim.
Faz-se
melhor cumprirmos parte do todo diminuindo assim um possível próximo resgate,
do que aumentarmos esta dívida, não só com o parceiro, como também adquirindo
novas, com possíveis frutos desta relação.
O
ajuste de percurso será sempre necessário e conveniente, pois o resgate de uns depende da
aceitação de outros e como ao re-encarnarmos perdemos contato consciente com a
lembrança de vidas passadas (ainda a luz do espiritismo de Allan Kardec), o
caráter e a personalidade de cada um, determinará as condições propícias ou não
para a manutenção da relação.
Estamos
aqui para evoluirmos material e espiritualmente, tanto quanto possível. O
importante, fundamental mesmo é que nos empenhemos para que consigamos o
máximo.
Devemos
sempre buscar o melhor para nós e para nossos pares. Entendam-se como pares
todos aqueles com os quais venhamos a interagir nesta caminhada terrena e como
relação, a interação profissional, de amizade etc...
Que
Deus nos permita clareza para entendermos cada vez mais e melhor suas
determinações e força para atendê-las.