domingo, 30 de dezembro de 2012

RESGATE



Segundo especialmente a doutrina espírita de Allan Kardec, nosso espírito realiza escolhas antes de uma nova encarnação e muitos acreditam que estas, apresentadas em forma de relacionamentos, devam ser respeitadas em toda sua essência, durante nossa vida terrena.

Existem discordâncias inclusive quanto à existência destas escolhas. Aqui admitiremos a existência delas e as comentaremos à luz do arbítrio que nos leva a novas escolhas proporcionadas pelas situações que se apresentam nesta vida terrena.

Ora, admitamos a realização de uma escolha que resultará em uma união, seja esta qual for. Na convivência, colocado em cheque o comportamento de ambos, verifica-se a impossibilidade da continuidade desta união.

 Qual seria o certo?

Mantermos a relação a todo custo, fazendo ambos infelizes, partindo-se da premissa que escolhemos esta união para resgatarmos dívidas espirituais adquiridas em vidas passadas, portanto encarando a situação como imutável, causando mal ainda aos possíveis frutos desta união ou usarmos nosso arbítrio, nosso poder de escolha e mudando, inclusive através da separação, salvar pelo menos parte do resgate que conseguimos até aquele momento.

Cada pessoa que interage conosco, deixa sua marca e um ensinamento em nossas vidas. Nem sempre o percebemos de imediato, porém, nos modifica um pouco, pois sempre aprenderemos algo.

O conhecimento e a razão nos dizem que viemos aqui para sermos felizes, para evoluirmos material e espiritualmente, isto, aliado ao poder de escolha, nos compromete a sempre optarmos, se não pelo melhor, pelo menos ruim.

Faz-se melhor cumprirmos parte do todo diminuindo assim um possível próximo resgate, do que aumentarmos esta dívida, não só com o parceiro, como também adquirindo novas, com possíveis frutos desta relação.

O ajuste de percurso será sempre necessário e conveniente, pois o resgate de uns depende da aceitação de outros e como ao re-encarnarmos perdemos contato consciente com a lembrança de vidas passadas (ainda a luz do espiritismo de Allan Kardec), o caráter e a personalidade de cada um, determinará as condições propícias ou não para a manutenção da relação.

Estamos aqui para evoluirmos material e espiritualmente, tanto quanto possível. O importante, fundamental mesmo é que nos empenhemos para que consigamos o máximo.
Devemos sempre buscar o melhor para nós e para nossos pares. Entendam-se como pares todos aqueles com os quais venhamos a interagir nesta caminhada terrena e como relação, a interação profissional, de amizade etc...

Que Deus nos permita clareza para entendermos cada vez mais e melhor suas determinações e força para atendê-las.

sábado, 29 de dezembro de 2012

MORAL



Para que possamos falar de moral, necessário se faz definirmos, embora de maneira superficial e sucinta, o que é personalidade e caráter, pois ambos, cada um a sua maneira, segundo suas definições, são componentes na formação do moral enquanto comportamento, maneira de ser e agir.

CARÁTER: ¨ É um conjunto de características e traços particulares que caracterizam um indivíduo. É uma qualidade inerente a uma pessoa desde o seu nascimento, refletindo seu modo de ser. Este não sofre influência do meio, uma vez que é próprio de cada um ¨.

PERSONALIDADE: ¨ É o conjunto de características psicológicas que determinam padrões de pensamento, formas de sentir e agir, isto é, a individualidade pessoal e social de alguém¨.

A personalidade definirá a conduta e a moralidade do indivíduo e o conjunto de suas qualidades e defeitos.

Valores e firmeza moral definem coerência nas ações, procedimentos e comportamento.

O caráter não sofre influência do meio. A personalidade, humor e temperamento podem ser influenciados e alterar-se em função da família, escola, e meio social no qual o indivíduo se desenvolveu e/ou se encontra.

Isto nos diz que a personalidade pode estabelecer limites ao caráter, portanto importante se faz cuidar-se de sua formação. 

Daí a reafirmarmos, o imprescindível papel da família, célula mãe, fundamental na formação do indivíduo. A família bem estruturada, harmônica, equilibrada e em paz, é e sempre será o pilar sobre o qual formaremos indivíduos morais.

Padrões morais estabelecidos pela sociedade são transmitidos e reforçados no seio da família, são passados pelo exemplo. Faz-se importante nesta formação a existência de um caminho de fé. A fé inspira, conforta, sustenta, limita.

Moral! Quantos crimes são cometidos pela falta dela? Quantas barbaridades seriam evitadas se os padrões morais estabelecidos em qualquer sociedade fossem de fato respeitados?

Se formarmos indivíduos amorais, teremos uma sociedade amoral, pautada, em comportamentos amorais, praticados e aceitos como verdades. Os limites de aceitação serão cada vez mais elásticos, pois onde não há moral instala-se a impunidade, porta aberta para todos os demais crimes e barbáries.

Padrões morais distorcidos levam fatalmente a compreensões equivocadas, deteriorando o comportamento do indivíduo.

Que Deus ilumine e proteja a família, pois ela sempre será a formadora de uma sociedade melhor, com padrões morais capazes de proporcionar a todos nós uma vida próspera, saudável e segura, com respeito por nossos semelhantes.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

VIOLÊNCIA




Expressão de uma emoção negativa. Fruto da desarmonia, do desequilíbrio, da ausência de paz, portanto da infelicidade.
Uma pessoa feliz, jamais será violenta.
A violência se origina da raiva ou da maldade existentes nos seres humanos, embora todos nós possamos senti-las, felizmente, muitos de nós conseguem controlá-las, anulando suas manifestações. Na verdade elas são parte de nós, aflorando mais fácil e veementemente em alguns, porém presente em todos.
É parte negativa do ser humano. Infelizmente pouco reprimida, pois se não combatermos ou controlarmos a raiva ou a maldade existentes em nós, fatalmente seremos conduzidos à violência.
Ela é tão perniciosa que sua prática produz prazer.
Quando presenciamos um ato de violência, grande o suficiente para causar comoção, tendemos, pela recusa em aceitá-la ou mesmo admiti-la, justificá-la atribuindo insanidade a seu praticante. Isto não é uma verdade absoluta, esta, por mais cruel que possa parecer, pode ser fruto tão somente da maldade de seu praticante.
A violência é emocional e mental. Ela tem uma parte impulsiva intrinsecamente emocional e outra mental, racional. Ela pode ser planejada, elaborada até com requintes de maldade, são partes do todo.
Existem pessoas que as pratica somente sob impulso (violência de origem emocional), podendo ser esta física, moral, verbal etc... Outros a efetivam puramente no racional a elaboram, a planejam, sonham com sua realização e se sentem felizes com sua prática.

Ambas as práticas são perniciosas, até por serem parte do todo devendo ser evitadas e combatidas.
São comuns hoje, casos de violência impingindo dor e sofrimento, físico, emocional e moral, em atos que deveriam ser, normalmente, de carinho, amor, prazer e satisfação.
Desta forma é possível encontrar-se prazer, não satisfação.
Falo aqui de satisfação, no sentido pleno da palavra, aquela que para que seja real, precisa das sensações positivas do outro.
Interessante se faz conhecer que a violência é uma semente que normalmente nasce no emocional e se permitirmos que ela germine e se desenvolva no mental, ela se tornará efetiva, com alvo e tudo.Pode nem ser dirigida a alguém especificamente, porém a partir do momento que ela se instala no mental, forte será sua necessidade de efetivação.
Se não queremos que ela cresça, devemos cortar-lhe a cabeça, não permitindo que ela se instale em nós. Ela não encontrará guarida em uma mente em harmonia, equilíbrio e paz.
Que Deus nos abençoe e ilumine nos dando forças para combater tão nociva atitude e sentimento.

FELICIDADE




Sentimento composto, misto de harmonia, equilíbrio, paz e amor.

Sua existência está e estará sempre dentro de cada um de nós. Faz-se grande erro acharmos que qualquer outra pessoa nos fará feliz ou será o responsável por nossa felicidade.

A única pessoa capaz de nos fazer feliz somos nós mesmos. Sentimento é algo que pode ser contagiante, porém jamais transferido.

Ninguém será feliz, se não se sentir feliz e para que nos sintamos felizes faz-se imprescindível que estejamos harmônicos, equilibrados e em paz. Sentimentos estes que tem que habitar nosso ser.

Quando buscamos harmonia e a alcançamos, fatalmente seremos levados ao equilíbrio, que nos trará a paz, pilares da felicidade. Aí sim, pleno destes sentimentos, o amor, a amizade, o respeito, a realização, a consideração, nos levará à felicidade.

Felicidade é ao fim, um estado de espírito temporário, pois apesar de não poder ser criado por ninguém, a não ser por nós mesmos, pode ser alterado ou mesmo destruído por pessoas que nos cercam. Pessoas que amamos pelas quais temos amizade, respeito, consideração.

É um sentimento frágil, a noticia de uma doença em alguém que amamos é motivo suficiente para alterar o estado de felicidade.

Podemos deduzir que inexiste a felicidade perene, o que existe são momentos felizes e o que determina se em nossas vidas fomos felizes é a somatória destes momentos, comparada a somatória dos momentos infelizes ou simplesmente dos momentos em que o estado de felicidade foi alterado. Melhor dizendo, o saldo desta equação será determinante, se positivo, somos felizes, se negativo, não somos felizes.

Na verdade somos por natureza felizes, fatos ou situações existem que alteram este estado, maculando-o.

Tendemos a ser negativos, a pensar que pelas adversidades pelas quais passamos, somos por natureza infelizes. Menos verdade! Somos por natureza seres privilegiados, felizes, circunstancias ocorrem alterando este estado e temos o dever, a obrigação de combatê-los para que possamos gozar de nosso estado original de felicidade.

Precisamos construir cada vez mais momentos felizes, fixando-nos neles, para assim termos forças para combater os momentos não felizes.

Se estivermos felizes até que tomemos conhecimento de fatos capazes de alterar este estado, permaneceremos felizes.
  
Que Deus nos permita encontrar e manter nosso estado de felicidade.