terça-feira, 18 de junho de 2013

CIVILIDADE



Analisaremos o termo civilidade, em conjunto com civismo, pois embora semelhantes em seus significados são na verdade complementares, juntos representam o sentido humano/social de comportamentos. 

Civilidade diz respeito a preceitos e protocolos existentes em determinados grupos sociais, definindo formas de como pessoas que possuem determinado nível de educação, se inter-relacionam dentro deste mesmo grupo.

Diz respeito a regras de urbanidade praticadas por determinada sociedade.

Atos ou comportamentos determinados por costumes referentes à boa convivência entre cidadãos, em respeito a convenções que determinam demonstrações de consideração e respeito mútuos.

Observância de formalidades ou convenções entre membros educados de uma comunidade. Qualidade da pessoa que age com dignidade, consideração e respeito pelos demais.

São formalidades, delicadezas e cortesias observadas pelos cidadãos no convívio diário.
Civismo seria o interesse público, a educação e o respeito pelos valores de uma sociedade, expressa por suas instituições.

Refere-se a atitudes e comportamentos que manifestamos no dia a dia, na defesa de valores e práticas assumidas como deveres fundamentais de uma sociedade, na garantia de uma vida coletiva que vise preservar a harmonia e o melhor para o bem estar de todos os indivíduos.

O civismo consiste no respeito aos valores, as instituições, aos símbolos nacionais (bandeira hino etc...) as práticas políticas de um país. Intrinsecamente ligado a sua cultura e a filosofia política.

Resumindo, seria a prática de tudo que interessa à coletividade.

Os termos se complementam, pois parte da civilidade, pessoal, para civismo coletivo.

Que Deus nos ilumine para tão importante prática.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

AMIZADE



Relação afetiva entre indivíduos, independentemente de sexo, cor, raça, credo ou religião.

É o relacionamento que envolve respeito, afeto, carinho, lealdade, proteção, admiração de um indivíduo por um ou mais indivíduos.

Amigos nem sempre pensam e agem da mesma maneira, possuem os mesmo gostos, vontades, aspirações e estes, muitas vezes, são fatores agregadores desta amizade, através do respeito e admiração pelas diferenças.

As diferenças acrescentam ao outro, idéias, informações ou simplesmente dividem momentos e sentimentos baseados em alicerces diferentes.

A amizade é fundamental na vida do ser humano, ela o eleva por sua condição de lealdade. A lealdade impede o egoísmo, eleva o respeito, induz a pratica da humildade.

A verdadeira amizade, cada vez mais se faz utópica neste mundo globalizado no qual fica cada vez mais difícil ao ser humano passar por cima de seus interesses pessoais em prol de uma amizade sincera.

Não poucas vezes se pretere um amigo sincero, leal, por interesses nem sempre profundos, muitas vezes banais, passageiros, incapazes de acrescentar algo de realmente positivo na vida daquele que o sobrepôs a amizade.

Grandes amizades nascem pelo convívio, muitas vezes cultivado desde a infância, outras de contatos com pessoas que recentemente conhecemos e passamos a conviver, mesmo que com pouca frequência.

Estas surgem de identificações ou diferenças emocionais, culturais ou mesmo de pensamentos que completam as pessoas, fazendo-as se sentirem atraídas entre si.

A verdadeira amizade independe da presença física, é um sentimento tão forte que o simples pensar no amigo ou na amizade existente, já traz conforto. Só a certeza de se possuir um amigo já faz com que o indivíduo não se sinta só.

Por ser importante, fundamental mesmo na vida das pessoas, o argentino Enrique Ernesto Febbraro, aproveitando a chegada do homem à lua no dia 20 de julho de 1.969, entendendo este feito como significativo de que os homens deveriam se unir escreveu para diversos países sugerindo a instituição do dia 20 de julho, como sendo o dia da amizade ou do amigo.

Que Deus nos ilumine e nos dê sabedoria para sermos e escolhermos sempre os melhores amigos.

sábado, 15 de junho de 2013

SOLIDÃO



Primeiramente devemos separar solidão de solitude.

Simplificando, solitude seria o estado de se fazer só, por escolha, uma solidão planejada, desejada, sentida de forma positiva, momento para que se coloque os pensamentos e os sentimentos em ordem.

Solidão seria estar só, independentemente de se encontrar em meio a uma multidão, estar só não por escolha e sim por incompatibilidade, é uma imensa sensação de vazio e isolamento. É muito mais do que querer uma companhia ou atividade em conjunto é querer aceitação, reconhecimento, carinho, atenção, amor.

Sentir-se só, não é o mesmo que não ter companhia é estar só, apesar dela.

A solitude, por ser escolhida e consciente, pode ser benéfica, edificante, pode levar o indivíduo a conhecer-se melhor, trazer alívio emocional, levá-lo a reflexão, a criação artística, ao fortalecimento de seu caráter e aprimoramento de sua personalidade.

A solidão seria falta de identificação, de compreensão, de harmonia com o grupo de interação, de equilíbrio emocional, da falta de paz interior.

O ser humano tem sua primeira sensação de solidão ao nascer quando é separado da mãe pelo corte do cordão umbilical, daí em diante inicia-se um processo de independência até a idade adulta.

Para sentir-se solitário, o indivíduo passa por um estado de profunda separação, das pessoas e do meio em que vive, cultivando sentimentos de abandono, rejeição, insegurança, ansiedade, desesperança, insignificância, inutilidade e depressão. Sentimentos que presentes na vida do indivíduo por períodos longos, levará o mesmo a incapacidade de relacionamentos saudáveis.

Quanto mais forte for o pensamento de que não será amado, aceito, maior será seu bloqueio quanto a relacionamentos saudáveis.

No que pese a afirmação de Clarice Lispector ¨ Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. ¨ - A baixa autoestima pode dar início a uma desconexão social levando à solidão.

Que Deus em sua infinita bondade nos livre da solidão e nos permita solitudes profícuas.

DESILUSÃO



Refere-se à perda de algo, desiludir-se com coisas, situações, relacionamentos.

Sentimento de frustasão diante de uma perda material, emocional, desfazimento de um sonho, perda de um amor, amizade etc...

Sentimento que sempre traduz perda, ausência de estímulo, fracasso, tristeza, sensação de impotência, fraqueza diante de situações, fatos ou fatalidades.

O sentimento desilusão é e sempre será um sentimento negativo, que pode levar a solidão, depressão e daí ao fracasso moral, anulando o indivíduo, isolando-o da sociedade na qual vive e participa

A desilusão, não poucas vezes leva a agressividade, ao ódio, ao crime, a uma vida amarga e solitária por deixar o indivíduo sem perspectivas.

A ausência de perspectivas leva ao ódio indiscriminado, a vingança contra tudo e contra todos, não são poucos os casos de assassinatos em massa cujos protagonistas são pessoas desiludidas.

A desilusão obscurece o raciocínio levando o indivíduo a não reconhecer sua culpa ou ação que tenha praticado ou mesmo deixado de praticar, levando-o ao fracasso que ocasionou a desilusão, daí o ódio indiscriminado, sem um alvo preciso.

Observemos que nestes casos os alvos terminam sendo grupos absolutamente dissociados daquilo que levou o protagonista à desilusão.

Que Deus nos permita reconhecermos sempre uma desilusão, como uma oportunidade para mudarmos de caminho e recomeçarmos mais fortes e determinados.



LUCIDEZ



Lucidez é estar com a mente limpa, pronta para um raciocínio coerente, baseado em conhecimentos, pronto para discernir com clareza, mente atenta, alerta, para o mundo e as coisas a seu redor.

É estar no controle de si próprio, decidindo sempre com base em um raciocínio lógico embasado em conhecimentos acumulados de maneira sensata.

Lucidez é perceptibilidade.

É perceber-se o mundo ao redor e agir com clareza diante das várias situações que a vida nos apresenta. O indivíduo lúcido tem uma visão e um comportamento coerente diante da sociedade. Raciocina com clareza, lógica e pauta seu comportamento na ética.

O embasamento da lucidez é o conhecimento, de fatos, regras, normas, comportamentos e reações possibilitando através desta percepção o desenvolvimento de raciocínios lógicos, de interpretações de fatos, situações e afirmações de forma coerente com a sociedade na qual está inserido.

Lucidez é clareza de raciocínio é perceber-se fatos, comportamentos, situações e deles tirar conclusões lógicas, coerentes e aplicáveis a uma sociedade sem violar seus usos, costumes e comportamentos.

É fundamental no relacionamento humano a pratica e o desenvolvimento desta qualidade como ferramenta de evolução do ser humano, individualmente e em sua convivência na sociedade.

Que Deus em sua infinita bondade e sapiência, nos faça sempre lúcidos,